Quero te envolver no meu silêncio
Me perder no teu silêncio
Que minha boca silencia.
Mergulho no silêncio da noite
Viajo nas asas da fantasia
Ouço a voz do teu silêncio
Que me cala, que me fala de ti.
Cala-te, não digas nada!
Ouve-me apenas.
Se me calo, não te perturbes - sou assim!
Aprende a ouvir meu silêncio
E saberás muito mais de mim.
Mais de mil palavras...
Meu silêncio fala mais
(Pode o silêncio falar?)
Não respondas!
Pensa!
Cala-te!
Tanta coisa a dizer...
Pra que dizer?
Tudo já foi dito.
Para o bom entendedor
O silêncio basta!
E para quem ama não é preciso falar...
Basta um olhar no silêncio...
Cala-te, não digas mais nada, ouve-me apenas!
(Ênio César de Moraes)
domingo, 23 de março de 2008
sábado, 1 de março de 2008
A aventura de viver
Quanto vale uma vida?
Depende do mercado, do valor do dólar, do preço do petróleo,
Da marca do carro, da opinião e do humor do comprador
E, especialmente, da estação do ano.
Sim, da estação do ano!
Na primavera, a vida é mais cara:
Sonhos brotam, outros florescem,
Os dias se enchem de esplendor;
No verão, o comércio se agita,
Recrudesce a ousadia,
O tempo murmura “carpe diem”
Como se o fim estivesse sempre próximo;
No outono, os ânimos arrefecem,
Idéias amadurecem, ilusões perecem
E a vida recupera seu valor;
Já no inverno, a vida se torna mais rara,
O tempo, a maior riqueza que se almeja,
É moeda de troca, assim como a experiência.
Mas, hoje, na feira livre da vida, não importa quando,
Perambulamos conformados e
Estampamos no rosto, com as tintas do medo e da impotência,
Os dizeres: vida à venda.
(Ênio César de Moraes)
Depende do mercado, do valor do dólar, do preço do petróleo,
Da marca do carro, da opinião e do humor do comprador
E, especialmente, da estação do ano.
Sim, da estação do ano!
Na primavera, a vida é mais cara:
Sonhos brotam, outros florescem,
Os dias se enchem de esplendor;
No verão, o comércio se agita,
Recrudesce a ousadia,
O tempo murmura “carpe diem”
Como se o fim estivesse sempre próximo;
No outono, os ânimos arrefecem,
Idéias amadurecem, ilusões perecem
E a vida recupera seu valor;
Já no inverno, a vida se torna mais rara,
O tempo, a maior riqueza que se almeja,
É moeda de troca, assim como a experiência.
Mas, hoje, na feira livre da vida, não importa quando,
Perambulamos conformados e
Estampamos no rosto, com as tintas do medo e da impotência,
Os dizeres: vida à venda.
(Ênio César de Moraes)
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