sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
(Dez) encontros
QNL 10, Bloco C.
O encontro estava marcado
Mas demorei, cheguei atrasado.
O destino — ah! coitado! —
Por dezesseis anos adiado.
O descompasso estava à vista:
Ele, árcade; ela, modernista;
Ele, no parque; ela, na pista;
Ela, decidida; ele, artista.
Os caminhos se cruzaram...
Se viram, mas não se notaram.
Quando, por acaso, se encontraram,
Sorriram, sonharam, amaram.
Dez anos de conquista e alegria.
Juntos, enamorados — quem diria?! —
Escrevem uma história, dia a dia,
De amor, em prosa e poesia.
(Ênio César de Moraes)
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Relatividade
Quantas verdades mentirosas,
Quantas mentiras verdadeiras,
Quantas meias verdades,
Quantas mentiras inteiras!
Sempre por causas nobres,
— As nossas causas!
Gente que mente,
Mente que nem sente.
Que mente...
Quem mente?
Depende!
(Ênio César de Moraes)
Quantas mentiras verdadeiras,
Quantas meias verdades,
Quantas mentiras inteiras!
Sempre por causas nobres,
— As nossas causas!
Gente que mente,
Mente que nem sente.
Que mente...
Quem mente?
Depende!
(Ênio César de Moraes)
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Sociedade de consumo
Somos o que temos
E, possuidores possuídos,
Esquecemos quem somos.
De olhos fixos na vitrina do amanhã,
Falta-nos tempo...
Tempo para admirar o céu,
Tempo para ouvir estrelas,
Tempo para sorrir,
Tempo para amar (e ser amados),
Tempo (ah!) para dormir.
E qual não é nossa surpresa,
Quando, ao acordarmos, atrasados,
Percebemos que acabamos sem...
Aliás, com... sumindo!
(Ênio César de Moraes)
E, possuidores possuídos,
Esquecemos quem somos.
De olhos fixos na vitrina do amanhã,
Falta-nos tempo...
Tempo para admirar o céu,
Tempo para ouvir estrelas,
Tempo para sorrir,
Tempo para amar (e ser amados),
Tempo (ah!) para dormir.
E qual não é nossa surpresa,
Quando, ao acordarmos, atrasados,
Percebemos que acabamos sem...
Aliás, com... sumindo!
(Ênio César de Moraes)
terça-feira, 10 de agosto de 2010
É primavera!
Suas pétalas, uma a uma, desfolhei
Com carícias plenas de paixão.
Ósculos inebriantes,
Ousados,
Suspiros e gemidos,
Deleite, torpor!
Em seu cálice, verti o vinho do prazer,
Gota a gota, embeveci-me,
Me entreguei.
E, da semente desse encontro,
A cada nova primavera,
Desabrocha a flor do amor,
Floresce nosso jardim.
E sua beleza é tanta
Que hipnotiza, encanta;
Atravessa verões, outonos e invernos,
Nos faz eternos,
Apesar do tempo, apesar da vida.
(Ênio César de Moraes)
Com carícias plenas de paixão.
Ósculos inebriantes,
Ousados,
Suspiros e gemidos,
Deleite, torpor!
Em seu cálice, verti o vinho do prazer,
Gota a gota, embeveci-me,
Me entreguei.
E, da semente desse encontro,
A cada nova primavera,
Desabrocha a flor do amor,
Floresce nosso jardim.
E sua beleza é tanta
Que hipnotiza, encanta;
Atravessa verões, outonos e invernos,
Nos faz eternos,
Apesar do tempo, apesar da vida.
(Ênio César de Moraes)
quarta-feira, 23 de junho de 2010
ConheSER
Sou o que conheço,
Embora não me conheça.
Mas, à medida que sei, cresço.
ConheCIMENTO
É consistência,
Coesão,
Alicerce,
Libertação.
Ao (me) conhecer, me "designoremburreço",
Me integro,
Me respeito,
Existo,
Enfim, faço diferença.
Adeus, insipiência!
(Ênio César de Moraes)
Embora não me conheça.
Mas, à medida que sei, cresço.
ConheCIMENTO
É consistência,
Coesão,
Alicerce,
Libertação.
Ao (me) conhecer, me "designoremburreço",
Me integro,
Me respeito,
Existo,
Enfim, faço diferença.
Adeus, insipiência!
(Ênio César de Moraes)
terça-feira, 11 de maio de 2010
Teu sorriso
Teu sorriso
Desperta o que há de bom em mim
E me deixa assim:
Alegre, bobo, submisso.
Teu sorriso
Na tristeza põe fim,
Aos meus anseios diz “sim”:
É tudo e, ao mesmo tempo, só isso!
Teu sorriso
Em mim,
Assim
Submisso!
Teu sorriso,
Sim,
Só isso!
Fim.
(Ênio César de Moraes)
Desperta o que há de bom em mim
E me deixa assim:
Alegre, bobo, submisso.
Teu sorriso
Na tristeza põe fim,
Aos meus anseios diz “sim”:
É tudo e, ao mesmo tempo, só isso!
Teu sorriso
Em mim,
Assim
Submisso!
Teu sorriso,
Sim,
Só isso!
Fim.
(Ênio César de Moraes)
terça-feira, 6 de abril de 2010
Eu já disse que tenho um blog?
Aos meus queridos alunos
Eu já disse que tenho um blog?
Sinceramente não sei!
Então, por via das dúvidas
(se falei ou não falei),
Tenho, sim, um blog,
No qual uns poemas postei.
O endereço?
Acho que já lhe passei!
Mas não custa relembrar:
É eniusc.blogspot.com
Assim, se lhe sobrar um tempinho,
Apareça, leia, comente,
Afinal, dialogar é muito bom!
(Ênio César de Moraes)
Eu já disse que tenho um blog?
Sinceramente não sei!
Então, por via das dúvidas
(se falei ou não falei),
Tenho, sim, um blog,
No qual uns poemas postei.
O endereço?
Acho que já lhe passei!
Mas não custa relembrar:
É eniusc.blogspot.com
Assim, se lhe sobrar um tempinho,
Apareça, leia, comente,
Afinal, dialogar é muito bom!
(Ênio César de Moraes)
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Sociedade
Consensualmente conflituosa
Ou conflituosamente consensual?
Interesse individualmente coletivo
Ou coletivamente individual?
Todos são iguais perante a lei;
Esta, sim, nos é desigual.
Quem dá as cartas (muitas marcadas)?
Gente (que, às vezes, vira bicho!),
Democraticamente escolhida,
Que se vê acima do bem e do mal.
Vale tudo que a lei permite,
Ainda que imoral.
A paz, uma utopia?
Representatividade, demagogia!
Mas, no discurso, Educação, Honestidade etc. e tal.
(Ênio César de Moraes)
Ou conflituosamente consensual?
Interesse individualmente coletivo
Ou coletivamente individual?
Todos são iguais perante a lei;
Esta, sim, nos é desigual.
Quem dá as cartas (muitas marcadas)?
Gente (que, às vezes, vira bicho!),
Democraticamente escolhida,
Que se vê acima do bem e do mal.
Vale tudo que a lei permite,
Ainda que imoral.
A paz, uma utopia?
Representatividade, demagogia!
Mas, no discurso, Educação, Honestidade etc. e tal.
(Ênio César de Moraes)
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Coração errante
Meu espírito passeia entre as vagas,
Caminha pela terra mais distante,
Transforma-se num cavaleiro errante
Que foge ao corte frio das espadas.
Vacilantes, minhas vistas cansadas
Rendem-se, repousam no exato instante
Em que a paixão, esse monstro gigante,
Arma em toda parte suas ciladas.
O coração se inunda de incerteza,
Dispara, se entregando à fantasia
Do repentino amor que lhe aparece.
A alegria entra em guerra com a tristeza,
O corpo, atordoado, se inebria,
A razão, desnorteada, enlouquece.
(Ênio César de Moraes)
Caminha pela terra mais distante,
Transforma-se num cavaleiro errante
Que foge ao corte frio das espadas.
Vacilantes, minhas vistas cansadas
Rendem-se, repousam no exato instante
Em que a paixão, esse monstro gigante,
Arma em toda parte suas ciladas.
O coração se inunda de incerteza,
Dispara, se entregando à fantasia
Do repentino amor que lhe aparece.
A alegria entra em guerra com a tristeza,
O corpo, atordoado, se inebria,
A razão, desnorteada, enlouquece.
(Ênio César de Moraes)
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