sábado, 24 de novembro de 2012

A arte de amar


"Eu te amo!"
Tão fácil dizer,
Tão difícil viver!
Amar não é deixar de ser para ter,
Nem tampouco deixar de sonhar; sofrer.
Amar é sublimar, é transcender,
É doar, é querer-pertencer!
Amor não é jogo de poder,
Não admite ganhar nem perder.
Amar é sobrelevar o saber,
É, a um tempo, sobre e superviver!

(Ênio César de Moraes)

sexta-feira, 6 de julho de 2012












Misteriosa

És bela, és graciosa,
Tens força, coragem e poder;
És divinamente amorosa,
Tens a alegria de ser.

És angelical, és formosa,
Tens sede de sorrir e viver;
És estrada sinuosa,
Despertas desejo e prazer.

És única, és maravilhosa,
Tens um encanto qualquer;
És enigmática, és caprichosa,
És misteriosamente mulher!

(Ênio César de Moraes) 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Amar


Amar é...
Ver-se no outro,
Sentir-se no outro
Ter-se no outro,
Saber-se do outro,
Inteirar-se no outro
E torcer para ser o outro
Do seu outro!

(Ênio César de Moraes)

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Modorra














Tarde morna e modorrenta
De uma quinta-feira qualquer...
A hora passa, lenta, lenta,
Não se perde um segundo sequer.

Em vão, a mente sonolenta
Cumpre, automática, o que é mister;
Em transe, vigia, resiste, tenta
Manter-se pronta para o que vier.

Os ponteiros acompanha, atenta,
O fim é só o que quer,
A espera inebria, atormenta
Qual suave perfume de mulher.


(Ênio César de Moraes)

domingo, 15 de abril de 2012

Éramos seis
















Aos meus queridos irmãos


De repente, bate aquela saudade
Do tempo em que éramos só seis crianças
Sem malícia, sem medo, sem maldade.
Na mente, planos, sonhos, esperanças.

Desbravadores mirins da cidade:
Ponte Nova, travessuras, andanças...
Aos domingos, quanta felicidade:
Missa, Freshen-Up, sorvete... lembranças!

Onipresença, poder, liberdade,
Amizade, carinho, confiança,
Laços eternos de cumplicidade
De uma doce e memorável infância.

(Ênio César de Moraes) 

sábado, 3 de março de 2012

Contas e contos















À minha querida mãe



Em um caderno,
Seu fiel confidente,
Ela guardava seus dramas,
Seus planos, seus sonhos...
Compartilhava segredos.
Contava, em letras e em números,
Suas alegrias, seus medos, seus anseios.
Os anos se passaram,
O caderno-baú encheu-se,
Sentimentos transbordaram:
Realizações, frustrações, silêncios...
Das conquistas, perdeu as contas;
Das decepções, fez contos;
Da vida, fez poesia.
E o caderno-amigo,
Que nunca deixou de ser seu abrigo,
Ganhou o mundo em forma de livro!

(Ênio César de Moraes) 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Elegia













Desespero e coragem,
Combinação perigosa
Que nos leva a fazer bobagem,
Que nos dá uma força espantosa.

Desesperados sofrem, choram;
Corajosos sonham, fogem;
Corajosos desesperados matam;
Desesperados corajosos morrem.

(Ênio César de Moraes)