sábado, 26 de janeiro de 2008

Natureza morta

O mar, indócil, agonizante,
expurga de si os corpos estranhos,
regurgitando na areia o fel
que a natureza torta lhe impõe.
Na água, as pegadas humanas:
óleo, esgoto, latas, garrafas
e outras tantas marcas indeléveis
de uma irracioburrignoratrocimbecilidade
autodestrutiva.
“Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!”

(Ênio César de Moraes)