sábado, 26 de janeiro de 2008

Natureza morta

O mar, indócil, agonizante,
expurga de si os corpos estranhos,
regurgitando na areia o fel
que a natureza torta lhe impõe.
Na água, as pegadas humanas:
óleo, esgoto, latas, garrafas
e outras tantas marcas indeléveis
de uma irracioburrignoratrocimbecilidade
autodestrutiva.
“Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!”

(Ênio César de Moraes) 

3 comentários:

Luiza Callafange disse...

irracioburrignoratrocimbecilidade !
Meu Deus mesmo!
Esta é a natureza que o homem fez com suas próprias mãos...

Bibi Ávila disse...

Fel esse, que está sempre à procura de um pé descalço.

Clá Portugal disse...

olá.
adorei esse texto, e todos os outros que lí também.
pena que a inspiração está desativada e o cometário é chinfrim, mas o que vale é a intenção.
e como a propaganda é a alma do negócio http://purplepuke.zip.net , entra ai, fica a dica.
estarei aqui mais vezes, com certeza.
inté.