terça-feira, 10 de agosto de 2010

É primavera!

Suas pétalas, uma a uma, desfolhei
Com carícias plenas de paixão.
Ósculos inebriantes,
Ousados,
Suspiros e gemidos,
Deleite, torpor!
Em seu cálice, verti o vinho do prazer,
Gota a gota, embeveci-me,
Me entreguei.
E, da semente desse encontro,
A cada nova primavera,
Desabrocha a flor do amor,
Floresce nosso jardim.
E sua beleza é tanta
Que hipnotiza, encanta;
Atravessa verões, outonos e invernos,
Nos faz eternos,
Apesar do tempo, apesar da vida.

(Ênio César de Moraes)