quinta-feira, 31 de maio de 2012

Modorra














Tarde morna e modorrenta
De uma quinta-feira qualquer...
A hora passa, lenta, lenta,
Não se perde um segundo sequer.

Em vão, a mente sonolenta
Cumpre, automática, o que é mister;
Em transe, vigia, resiste, tenta
Manter-se pronta para o que vier.

Os ponteiros acompanha, atenta,
O fim é só o que quer,
A espera inebria, atormenta
Qual suave perfume de mulher.


(Ênio César de Moraes)

2 comentários:

Unknown disse...

Olá Enio, sou mãe de aluna do Sigma e apreciei seu blog, o incentivo à poesia é fundamental nas aulas de redação, afinal a vida é pura poesia!

Ênio César disse...

Obrigado! Sempre que posso, incluo poesia nas aulas, por entender a arte poética como um verdadeiro exercício de autoconhecimento. 😉