sábado, 3 de março de 2012

Contas e contos















À minha querida mãe



Em um caderno,
Seu fiel confidente,
Ela guardava seus dramas,
Seus planos, seus sonhos...
Compartilhava segredos.
Contava, em letras e em números,
Suas alegrias, seus medos, seus anseios.
Os anos se passaram,
O caderno-baú encheu-se,
Sentimentos transbordaram:
Realizações, frustrações, silêncios...
Das conquistas, perdeu as contas;
Das decepções, fez contos;
Da vida, fez poesia.
E o caderno-amigo,
Que nunca deixou de ser seu abrigo,
Ganhou o mundo em forma de livro!

(Ênio César de Moraes) 

Nenhum comentário: