sexta-feira, 6 de março de 2009

Ecos da guerra

De repente, no silêncio ouve-se um grito
Estrídulo, desolado, assustador.
Vozes, gemidos do povo aflito,
Personagem de um filme de terror.

Num instante, faz-se feio o bonito,
No peito nu, rumoreja o estertor.
A esperança perde-se no infinito,
O agora é solidão e desamor.

O humano vira um bicho de repente,
Num gesto de completa insanidade
Transforma vida e progresso em lixo.

O sangue banha a terra lentamente...
O bem, vencido, entrega-se à maldade,
A inteligência sucumbe ao capricho.

(Ênio César de Moraes) 

4 comentários:

Anne Caroline Quiangala disse...

Muito bonito o poema.
Viajei muito.

ahh.
agora moradora oficial de BsB.
Letras português na UnB ;)

abraço!

Gabriel Lajtaváry disse...

Registrando a minha passagem por aqui. (:
Gostei bastante dos textos, principalmente a "Sintaxe de uma vida feliz".
Meio sem tempo pra escrever um comentário mais aprofundado, por causa de uma certa prova, de um certo alguém, que realisar-se-á (regra nº1: use mesóclises em blogs de professores) daqui a 3 dias.

Gabriel Lajtaváry disse...

Ah sim, esqueci de dizer que sou do coc, dínatos-coc ou seja lá como for o nome dessa escola agora, do 3m2.

Bibi Ávila disse...

"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma".

Tenso, né?

Muito.